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Meridianos & Paralelos

Um blog de notícias alinhavadas quase sempre à margem das notícias alinhadas

sexta-feira, agosto 06, 2004

O IMPERDÍVEL DO INSTANTE


PAUL GAUGIN - 1892 (Tahiti)


HENRI CARTIER-BRESSON - 1934 (México)

Dois olhares vadios. Um fechou-se em 1903. O outro agora: em 2004, há poucos dias atrás. Fixo-me sem querer nessa nada casual coincidência de Cartier-Bresson ter aberto os olhos para o mundo por altura em que os de Gauguin se fechavam… Penso e fico muito tempo a vaguear esses labirintos sinuosos por onde pensar prazenteiramente me perde. Deixo aqui as duas imagens de onde não consigo escapar neste momento (… nem mesmo para escrever!). Não sei se seremos impressionados exactamente pelo mesmo, mas por certo nos roçaremos na proximidade dos olhares cruzados.
Volto à escrita mais tarde. Quando ela pedir, coisa que não sucede agora.

(...)

Amo o olhar implacável, esse que não se desvia. Venero o olhar focado na direcção do nervo que atiça a retina com o que lhe eriça os sentidos. Viagem, Pensamento e Criação: eis os três eixos sublimes da minha triangulação da vida. Paul e Henri, os dois fizeram da vida uma inesgotável viagem tendo na mira surpreender o belo… afogar-se no que ele tem de terrivelmente esmagador e, ainda assim, sobreviver-lhe para o contar ao mundo. Aquilo que aqui vejo quando olho, é a bravura de estar no lugar exacto no momento decisivo. Só quem se permite à presença pode render testemunho. Tanto Paul como Henri ousaram ser coincidentes com o instante e é só por isso que, hoje, olhá-los é ter o privilégio de contemplar o que em si mesmo é irrepetível, sem por um segundo perturbar a harmonia ou a desordem ao acto íntimo de acontecer… Preservado!... intocável e intacto, o amar das duas taihitianas… o amar das duas mexicanas. Em 1892 e, mais tarde, em 1934. O amar das mulheres que, agora, também nós aqui olhamos. Por isso amo tanto este olhar, este que se permite porque não perturba, antes vê o imperdível.



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